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Venture Capital: Alto risco e alto retorno


Quando se fala de fundos de investimento, provavelmente a primeira ideia que surge em mente é a de fundos de ações tradicionais das grandes gestoras. No entanto, o objetivo deste artigo não é se debruçar novamente sobre tais fundos, mas, sim, sobre um outro modelo: o venture capital. Em tradução livre, venture capital significa “capital de risco”, revelando, em parte, a filosofia desse tipo de investimento.

Fundos de venture capital têm por característica investir, normalmente, em empresas em fase inicial e que ainda não apresentam resultados sólidos e estruturados, mas que têm grande potencialidade de crescimento no longo prazo. Outra característica da maioria desses fundos é que eles não buscam o controle acionário da companhia investida, contentando-se apenas com uma participação minoritária. Esse modelo de investimento difere do modelo de private equity, visto que o último investe apenas em empresas mais estruturadas e, normalmente, interfere na gestão da companhia.

Mas, afinal, em quais aspectos tais fundos se diferenciam do resto do mercado? Como eles operam? Investir em pequenas empresas realmente traz ótimos resultados? A melhor resposta para todas essas perguntas é “depende”. Muitos fundos se diferenciam do resto do mercado, por exemplo, investindo apenas em empresas que apresentam modelo de negócio facilmente escalável e com pouca possibilidade de ser replicado. Tal estratégia garante a diminuição dos riscos de seus investimentos, diferenciando-os.

Apesar da implementação dessas estratégias, é inegável que investir em pequenas empresas implica riscos consideráveis. Não há como garantir que elas irão sobreviver a uma eventual oscilação do mercado ou a uma mudança nos padrões de consumo do público-alvo. Outro fator que aumenta o risco é a baixa liquidez das operações desses fundos. Não existe um mercado estruturado para a negociação dessas pequenas empresas, sendo as negociações bilaterais e independentes a principal forma de desinvestimento.

Por esse motivo, a estratégia de fundos de venture capital é investir no maior número possível de companhias que tenham as características descritas acima, pois, dessa forma, mesmo que ocorram perdas com a “quebra” de algumas empresas do portfólio, o retorno daquelas que se consolidarem será consideravelmente maior.

Uma boa metáfora para entender a estratégia dos fundos de venture capital é a do jogador de beisebol que busca o reconhecimento da torcida. Independentemente de quantos “strikes” ele sofra, caso ele consiga rebater um único “home run”, seu nome será lembrado pela torcida. Da mesma forma que o jogador precisa de apenas uma jogada para se consagrar, os fundos de venture capital precisam que apenas uma parte do seu portfólio se consolide e gere grandes retornos.

Em suma, pode-se dizer que os fundos de venture capital estão intrinsecamente ligados à cultura de incentivo ao empreendedorismo que surge nos maiores centros do mundo, como no Vale do Silício, na Califórnia. Portanto, conforme cresce o número de startups no mercado, espera-se que esse mercado se torne cada vez mais favorável para os fundos de venture capital, consolidando-os como uma alternativa aos fundos tradicionais.


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